segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Duplo.


Não costumo fazer promessas, porque sei que a qualquer momento tudo pode acabar e fluir pra um outro lado... Cada qual com o seu ritmo e rumo. Se bem que no fundo, sinto (às vezes) necessidade de ser uma pessoa melhor, de fazer acreditar que o que sinto não é simples, não é duplo, é singular. Tal orgulho chegou junto contigo. Antigamente, ele nem passava na frente da minha porta, mas já hoje, pediu licença e entrou pra morar.
Às vezes, passo manhã e tarde sem receber uma notícia. Sei que não é preciso tal comunicação, mas é sempre bom ouvir, mesmo que seja sobre trabalhos, problemas, faculdade... E então, minutos em minutos verifico o aparelho procurando chamadas perdidas(e nada.). A saudade é tanta que chego a calar o celular só pra justificar minha assídua observação. Podes pensar que é loucura tudo isso, mas não é! São apenas vontades transbordando.Encharcando tudo por aí. Saindo por todos os cantos e falhas... Gritando, implorando, pedindo um socorro, pedindo pra serem resgatadas e serem soltas de mim... Vontades essas que me sufocam há meses. É tão duro ficar calada, aceitar decisões, viver com problemas d'outro e mesmo assim aceitar e ser feliz... É, é duro ser feliz. É estranho aturar um estranho. Um tal que me recebe com flores e n’outro dia com um sabor amargo e um leve azedo. É estranho lidar com essa bipolaridade de sentimentos e tratamentos. Lidar com os impactos de notícias que já não são tão novas. É aquela situação do “vou” e a decepção do “não vou”. Isso me irrita! Consegue me tirar do eu, me arranha.  Um ser que troca de opinião no último.  
Em um momento é aquele suspiro loooooooooooooooon-go, de nem perceber que tá no ato. De deixar o mundo mudo, e calar até mesmo aquela que vive das falas.